domingo, 1 de novembro de 2009

EDUCAÇÃO E SURDEZ



EDUCAÇÃO E SURDEZ : UM PARADIGMA PEDAGÓGICO 1

Por Vera Lúcia Lopes Dias

Em minhas pesquisas e levantamentos efetuados junto à população de alunos surdos profundos e severos nas escolas regulares, tenho constatado um dilema: a surdez vista como um paradigma pedagógico. De fato, quando esse paradigma se explicita, aparece junto o aspecto negativo de ser surdo tal que, nessa sociedade, significa um enfrentamento constante com o desconhecido. Para conseguir um maior nível de consciência e levá-la à prática é importante considerar as condições objetivas e subjetivas, o contexto sócio-econômico-cultural e as formas de pensar dos diversos segmentos da comunidade escolar. A prática escolar tem sido, em geral, desenvolvida a partir da idéia de um aluno hipotético. Se tende a fazer generalizações. Inclusive em relação aos alunos surdos, em detrimento de uma visão mais realista, em que cada pessoa, independente de ser surda, apresenta características de personalidade, produto de seu trajeto histórico-econômico-social. Muitas vezes, não se considera a diversidade característica de qualquer grupo. O grupo dos surdos, como o grupo dos ouvintes, apresenta características internas de raça, de classe, de gênero, de religião, etc., que podem provocar insegurança, inclusive conflitos e divergências, chegando a influenciar na personalidade do indivíduo. Através de tentativas de apreensão das contradições internas do grupo, seria possível entendê-lo melhor. É na variedade de experiências que surgem diferentes perspectivas de valores e de poderes. Noutras situações, no caso do ensino superior, o sistema deve adaptar-se conforme as necessidades desse alunado, partindo de uma postura pedagógica relativamente nova, enfatizando maior aprimoramento de recursos humanos para a área da Educação Especial, onde até mesmo deve-se respeitar a difusão da língua de sinais para surdos não-oralizados dentro das salas de aulas, através da contratação de interprétes ouvintes de língua de sinais, no caso do Brasil, LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais.

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2 comentários:

Nete disse...

Ola,estou fazendo um curso de Libras e estou amando!Sou professora da educaçao infantil e tenho um aluno surdo na sala tambem.Amei o seu cantinho,assim que poder me faça uma visitinha tambem.bjs.

Rosemeide Ferreira disse...

elOi amiga adorei seu blog. Tenhos ótimas ideias acesse www.rershop.blogspot.com bjs