sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Curso de inglês para Surdos


EFBD - English for Brazilians Deaf

Esta é uma das inovações do Centro Educacional Cultura Surda, um curso de Inglês para surdos.

Objetivo
Tornar o Surdo usuário da Libras capaz de desenvolver e interpretar textos em Inglês ( nível intermediário ).
Publico Alvo
Surdos Brasileiros de nível Universitário ou do Ensino Médio, ou qualquer surdo que estiver interessado em conhecer uma terceira língua desde que conheça LIBRAS. Dinamismo e Interação são os meios mais eficientes no ensino de qualidade á surdos. Atividades em sala de aula entre professor e aluno (aulas 100% em LIBRAS), garantem de forma natural , espontânea e progressiva a segurança deste na escrita do inglês.

saiba mais

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Sim... Surdos podem ter Carteira de Habilitação

Inflamações no ouvido

As inflamações e infecções do ouvido, as chamadas otites externas – um tipo de infecção que atinge o canal externo do órgão auditivo – são mais comuns no verão, segundo especialistas da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. De acordo com o otorrinolaringologista Sady Selaimen da Costa, isso ocorre por causa da maior umidade do ar, do calor e dos hábitos da população nessa estação – incluindo os banhos de piscina e de mar.

O especialista explica que, por ser quente, úmida e escura, a região do ouvido pode facilmente inflamar-se ou infectar-se com fungos e bactérias, principalmente no verão. E a otite externa afeta não só adultos, mas também crianças, e deve ser diferenciada da otite média aguda, que tem uma incidência muito maior nos meses de inverno e em crianças até os seis anos de idade.

De acordo com o otorrinolaringologista, quando o ambiente está úmido e quente, o contato constante com a água, muitas vezes imprópria para o banho, pode modificar o revestimento do canal auditivo externo, o que ocasiona descamação e coceira. “Como reação imediata, muitas pessoas costumam coçar o ouvido, e utilizam os mais variados objetos como cotonetes, tampas de caneta, agulhas de tricô, etc., o que pode causar sérios traumas no revestimento interno do ouvido. Estas microrrupturas na pele servem como legítimas portas de entrada a microrganismos “, alerta.

Sady Selaimen diz também ser contra o uso de tampões no ouvido, muito utilizado por nadadores. “A falta de circulação de ar pode provocar infecção, Esses tampões são ferramentas muito úteis na prevenção de certas doenças do ouvido, mas devem ter indicações específicas”, orienta.

Segundo o especialista, é preciso tomar muito cuidado com alguns tratamentos ou métodos caseiros, como utilizar álcool ou vinagre na região infectada. Para as pessoas que adotam estas medidas, ele faz um alerta: “Nunca pingue nada no ouvido sem orientação médica”. Segundo o médico, esses tratamentos causam desidratação da pele, predispondo a infecção.

Para prevenir a otite externa recorrente, é preciso, em alguns casos, o uso de medicação, além de cuidados locais realizados em um consultório. É recomendável também não nadar em águas poluídas, principalmente em praias. Sempre que tiver dor de ouvido, é recomendado consultar um otorrinolaringologista, pois existem outras doenças que podem estar associadas à otite externa.

Zumbido... Acufeno, tinnitus, tinido.

O que é?

É um som percebido pelo individuo sem uma fonte externa que o produza. Essa percepção esta relacionada com o aumento dos impulsos elétricos que a via auditiva envia ao córtex cerebral, geralmente como conseqüência de uma perda auditiva.

Como é?

O barulho (zumbido) pode ser referido como um chiado, apito, barulho de chuveiro, de cachoeira, de concha, de cigarra, do escape da panela de pressão, de campainha, do esvoaçar de um inseto, de pulsação do coração, etc. Pode ser de forma contínua ou intermitente, mono ou politonal.

O zumbido causa sofrimento?

Cerca de 17% da população mundial apresenta zumbido. A maioria relata o zumbido apenas como um incomodo, outros dizem que certas funções como o sono e a concentração estão prejudicadas. Em sua forma severa, que corresponde a cerca de 20% dos casos o zumbido causa sofrimento. É a queixa principal e frequentemente dramática na consulta médica. Em geral são pessoas acometidas também por outros transtornos, principalmente os de natureza psiquiátrica. O grau de desconforto, intolerância ou incapacidade quase sempre não estão relacionados com o grau de intensidade do zumbido. Os transtornos de humor (depressão, distimia) e ansiedade, frequentemente presentes, exercem fortes influências no agravamento do sintoma zumbido.

Zumbido tem causa?

Muitas causas de zumbido são conhecidas sendo que algumas são fáceis de identificar e tratar:

a) Otológicas: cera no conduto auditivo , otites, exposição a ruído, presbiacusia, labirintopatias.

b) Metabólicas : diabete, alterações nas taxas de trígliceridios e hormônios tireoideanos.

c) Cardiovasculares: anemia, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca.

d) Neurológicas: doenças neurológicas (esclerose múltipla), traumatismo de crânio, sequelas de infecções neurológicas (meningite).

e) Farmacológicas: o American Physician’s Desk Reference lista mais de 70 medicamentos que podem ocasionar zumbido, entre eles: ácido acetilsalisílico (aspirina), anti-inflamatórios, certos antibióticos e alguns antidepressivos.

f) Odontológicas : disfunção da articulação temporomandibular (ATM) e do aparelho mastigador.

g) Vícios e maus hábitos alimentares: excesso de cafeína, álcool e fumo, sal, açúcar branco e gorduras.

h) Psicológicas: ansiedade, distimia e depressão podem estar envolvidas com zumbido. Muitas vezes é difícil diferenciar o que é causa ou consequência.

i) Zumbidos gerados por estruturas próximas ao sistema auditivo:são causadas por alterações nos vasos arteriais ou venosos, nos músculos ou na tuba auditiva. São divididos em vasculares (pulsáteis) e musculares (clipes). As principais causas são os tumores vasculares, as malformações vasculares, as contrações rápidas (involuntárias, rítmicas) de um ou vários grupos musculares.

Como o médico faz o exame?

A historia do paciente é o primeiro e o mais importante passo no diagnóstico. O tipo de zumbido, a maneira como é relatado, o desconforto que produz podem ser informações úteis na avaliação, sugerindo as prováveis causas. Após o exame físico, o médico solicita exames complementares: audiológicos, laboratoriais, eletrofisiológicos e de imagem, de acordo com cada caso.

As informações obtidas da história e dos exames poderão determinar o diagnóstico etiológico (causa). Sabendo a causa aumenta a possibilidade de obter melhores resultados, pois vai ser possível tratar de modo específico a doença da qual o zumbido é apenas um sintoma. É claro que isso nem sempre é possível, mas com certeza as chances serão bem melhores do que ficar pensando “zumbido é tudo igual... é muito difícil..., não tem cura... não há nada que se possa fazer...”.

Como se trata?

Alguns casos de zumbido têm cura, enquanto outros casos são controláveis. Há o estigma de que o “zumbido não tem cura”. A maioria dos pacientes e profissionais acabam desanimando, sem que a possibilidade de cura seja avaliada. Tentar tratar, mesmo na incerteza, nunca é errado.

Se a causa do zumbido for determinada e tratável, a solução é mais simples. Porém se não é possível atuar na origem do problema, existem outros caminhos para amenizar o ruído.

Tranquilizar o paciente: Dizer que o zumbido não é uma ameaça para a saúde. Assegurar que dificilmente vai piorar, pelo contrario, a tendência é melhorar. Incentivar a prática de medidas que promovem qualidade de vida: alimentação regrada, atividade física regular e equilíbrio psíquico. Palavras esclarecedoras e confortantes visam o desaparecimento da reação ao zumbido e a perda de sentimentos negativos associados.
Correções de vícios e hábitos alimentares: não fumar, ingerir cafeína e álcool moderadamente, evitar sal em excesso, doces e gorduras.
Medicamentos: vasodilatadores diretos, reguladores de fluxo sanguíneo, anticonvulsivantes, ansioliticos, antidepressivos.
Terapia de habituação: é uma terapia comportamental um retreinamento das vias auditivas (Tinnitus Retraining Therapy – TRT). Visa o desaparecimento da reação ao zumbido e a perda de sentimentos negativos associados. Consiste de dois princípios básicos:

1. Esclarecimentos e orientações: através de conversas, palestras, reuniões, trocas de experiência.

2. Terapia sonora (ou acústica): o principio básico é “EVITE O SILÊNCIO”. A finalidade é proporcionar um enriquecimento sonoro que pode ser feito através de quatro meios diferentes:

a) Uso de sons ambientais: é a maneira mais acessível e deve, de preferência, usar sons neutros, baixos e contínuos. Ex: Cds com som da natureza, músicas suaves, etc.

b) Geradores de som: esteticamente semelhantes aos aparelhos auditivos. A intensidade do som que eles emitem diretamente no canal do ouvido, deve ser regulado em intensidade menor do que a do zumbido, evitando-se mascará-lo, para seguir os preceitos determinados pela TRT. É um tratamento longo (12 a 18 meses) e requer o uso de um gerador em cada ouvido.

c) Aparelhos de amplificação sonora individual: frequentemente pacientes com zumbido apresentam também perda auditiva. Nestes casos, um aparelho auditivo pode ser utilizado para melhorar a audição e fazer o enriquecimento sonoro pela entrada de novos sons que antes não eram tão percebidos.

d) Gerador de som acoplado ao aparelho auditivo: são sistemas combinados que podem ser usados nos casos de perdas auditivas significativas e zumbido. São casos em que o acompanhamento de aparelhos facilita o processo de habituação.

A TRT é um tratamento longo (12 a 18 meses) que objetiva a diminuição da percepção do zumbido através do desaparecimento de reação ao incômodo e a perda de sentimentos negativos associados.

Estimulação magnética transcrâniana:consiste na aplicação diária de estímulos magnéticos repetitivos de baixas freqüências na região temporal do cérebro durante uns 10 dias.
Acupuntura, hipnose: podem ser opções interessantes para alguns pacientes.
Estimulação elétrica da via auditiva: os estímulos são usados diretamente sobre as estruturas neurosensoriais da cóclea.

Como o Zumbido evolui?

É importante para o paciente saber como o zumbido evolui com o passar do tempo. Respondendo a questionários, a maioria afirmou que passaram a tolerar melhor o barulho. Aqueles que foram submetidos a terapia de habituação (TRT) com tratamento psicológico concomitante foram os que obtiveram melhores resultados.


Fonte: ABC da Saúde